quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sem a Igreja Católica não existiria património bibliográfico português.


No I Encontro Nacional sobre as bibliotecas e o livro em instituições eclesiásticas, iniciativa do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, que decorre hoje, 28 de Maio, no Seminário de Maior de Coimbra, Fernanda Campos, actual adjunta da direcção da Biblioteca Nacional de Portugal, considera que sem a acção da igreja católica em Portugal não existiria património bibliográfico nacional.
Numa conferência sobre a valorização do livro na sociedade da informação, a oradora traçou o que foi, historicamente, o contributo de livrarias ligadas a ordens religiosas para a constituição do património bibliográfico português. Fruto da actividade da Igreja, nomeadamente pela mão das ordens religiosas (S. Bento, Cister e Cónegos Regrantes de Santo Agostinho), constitui-se um património herdado do norte ao sul do País, ilhas, Brasil, Macau, em que são de salientar as grandes livrarias do Mosteiros de Tibães, Alcobaça e Santa Cruz de Coimbra, mas também outras mais pequenas, mas relevantes, como as do Convento da Graça de Lisboa e Mosteiro de São Vicente de Fora.
Património que urge defender, tem na Sociedade da Informação uma oportunidade para a sua valorização. A oradora apresentou as vantagens da tecnologia de digitalização para a comunicação e preservação das colecções: o acesso universal em rede; a integração de conteúdos vários e dispersos e a preservação dos originais. Adiantou também que a Biblioteca Vaticana foi pioneira nesta linha, ainda as Bibliotecas Nacionais dos diferentes países estudavam soluções de digitalização. Em projectos que têm de ser muito bem estruturados do ponto de vista dos seus objectivos, prioridades de actuação e questões legais relacionadas com os direitos de autor, a cooperação mostra-se fundamental para a partilha de custos, melhoria da aprendizagem, aumento de conteúdos, melhor acesso a fontes de financiamento e maior visibilidade dos resultados.

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