sexta-feira, 31 de julho de 2009

Biblioteca Apostolica Vaticana reabre em 2010


Dois anos depois do início dos trabalhos de recuperação da Biblioteca do Vaticano, o seu prefeito congratula-se pelo facto de os manuscritos, que são os seus "tesouros mais belos e importantes", estarem progressivamente a regressar aos seus locais originais.
Mons. Cesare Pasini considera que a transferência dos documentos, que ficaram temporariamente à guarda do Arquivo Secreto do Vaticano, é um processo "muito delicado", que se está a efectuar "passo a passo".
Os trabalhos obrigaram à mudança dos laboratórios de fotografia e de restauro. O primeiro já voltou, esperando-se o retorno do segundo para daqui a cerca de dois meses.
Apesar de a biblioteca estar fechada, tem sido dado um impulso significativo aos catálogos «online» e à reprodução fotográfica dos manuscritos.
O encerramento, que ocorreu a 14 de Julho de 2007, foi causado por problemas estruturais numa das alas do edifício do séc. XVI. O fecho tem sido aproveitado para modernizar algumas áreas do complexo, nomeadamente através da instalação de novos elevadores e aparelhos de ar condicionado.
A biblioteca, cuja origem remonta ao séc. XIV, contém mais de um milhão de livros impressos, 150 mil manuscritos, 300 mil moedas e medalhas, bem como 70 mil pinturas e gravuras.


Redacção: Agência Ecclesia com Agências

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Exposição documental sobre o “Santuário de N. Sra. da Nazaré” aborda o milagre e o mito

Segundo a edição do Diário de Leiria de ontem (07-07-2009) abriu no sábado, 4 de Julho, no átrio da Biblioteca Municipal da Nazaré, a Exposição documental intitulada “Santuário de N. Sra. da Nazaré”, que irá ficar patente ao público até dia 26.

A lenda de D. Fuas Roupinho e os milagres da Senhora da Nazaré contribuíram para a afirmação do Santuário do Sítio que se tornou, rapidamente, numa referência para os peregrinos mas, também, para o meio artístico.
O Santuário conserva, hoje, obras de arte de grande valor, como os azulejos azuis e brancos, datados do ano de 1714, da autoria de António de Oliveira Bernardes (painel alusivo à “Assunção da Virgem”); pinturas seiscentistas, como o “Ciclo do Arcaz”, do pintor Luís de Almeida, sobre a Lenda da Sagrada Imagem de N. Sra. da Nazaré, tal como um conjunto de seis telas representativas da “Paixão de Cristo” ou, ainda, as duas esculturas flamengas, datadas do século XVI, oferecidas pela Rainha D. Leonor, quando efectuou, em 1520, uma visita ao Santuário.

Com Diário de Leiria

“Codex Sinaiticus” digital

O “Codex Sinaiticus”, um dos textos mais antigos e conservados da Bíblia (entre os anos 330-350), já pode ser admirado e lido na internet, no endereço http://www.codexsinaiticus.org/

Conjuntamente com o “Codex Vaticanus”, que é anterior ao “Codex Sinaiticus”, é um dos manuscritos de maior valor para a crítica textual da versão grega do Novo Testamento. Mede 33,5 centímetros de largura por 37,5 centímetros de altura e os seus fragmentos encontram-se divididos por várias bibliotecas do mundo.
O “Codex Sinaiticus” permaneceu durante vários séculos no Mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai. No século XIX o manuscrito dividiu-se e hoje os textos do Antigo e Novo Testamento encontram-se repartidos entre o citado Mosteiro, a Biblioteca Britânica (347 páginas das 400 totais), a Biblioteca da Universidade de Leipzig na Alemanha, e a Biblioteca Nacional da Rússia em São Petersburgo.

Percurso sinuoso:
Foi o teólogo alemão Constantin Von Tischendorf, quem em 1844 levou partes do texto para Alemanha e Rússia. Os monges autorizaram o teólogo a levar 43 páginas do pergaminho para Leipzig. Em 1859, Von Tischendorf regressou ao Sinai, tendo descoberto mais partes do manuscrito e convencido novamente os monges de que o melhor era levá-las também para Leipzig e doá-las ao czar da Rússia, que o havia apoiado nessa segunda viagem. Parte do manuscrito foi imediatamente parar à União Soviética que, em 1933, vendeu parte desses pergaminhos ao Museu Britânico de Londres, ficando os restantes ficaram em São Petersburgo.
Os monges ortodoxos gregos pensavam que haviam perdido o manuscrito, mas em 1975 descobriram uma dúzia de páginas em um quarto esquecido, enterradas após um derrubamento. Ainda hoje os monges conservam uma cópia da nota deixada por Tischendorf prometendo devolver o manuscrito.

A edição digital do manuscrito foi elaborada conjuntamente pela Biblioteca Britânica, a Biblioteca Universitária de Leipzig e a Biblioteca Nacional da Rússia, em São Petersburgo, num projecto que durou cerca de 4 anos e custou um milhão de euros.

Mais informação: http://www.codexsinaiticus.org/

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Vaticano acredita que os Arquivos Secretos vão ilibar Pio XII


De acordo com declarações de D. Sergio Pagano (na foto), prefeito do Arquivo Secreto do Vaticano (A.S.V.), os arquivos do Vaticano sobre Pio XII vão livrá-lo das acusações de ter feito vista grossa ao Holocausto. À margem de um briefing sobre a nova edição dos documentos do processo de Galileu referiu aos jornalistas que Pio XII "foi um grande Papa e, como se sabe, é atacado pelo seu suposto silêncio sobre a Shoah" Referiu ainda que "fez muitas coisas pelos judeus e pelos prisioneiros na II Guerra Mundial" o que levará a haver "algumas surpresas agradáveis no que se refere aos judeus".
Segundo o responsável do A.S.V., 20 arquivistas estão a trabalhar a tempo inteiro, em milhões de páginas de documentos dispersos por mais de 15 mil lotes, apenas produzidos no pontificado de Pio XII. O prefeito do A.S.V. declarou que ainda faltam mais cinco ou seis anos de trabalho para preparar e catalogar os arquivos, acrescentando que, do seu ponto de vista, eles deveriam ser abertos a qualquer pessoa: "Pio XII assumiu grandes riscos, mesmo grandes riscos pessoais para salvar judeus. Não posso dizer mais agora, mas quem desejar abrir os olhos poderá fazê-lo dentro de cinco ou seis anos", concluiu.


Com Agência Ecclesia